10 detetives famosos da vida real

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Detetives famosos da vida real. Histórias de detetives sempre nos fascinaram. Sejam fictícias ou reais, os mistérios, as tramas e os personagens sempre fizeram da nossa imaginação um campo fértil de ideias.

Mas antes mesmo de surgir detetives famosos da literatura, existiram pessoas que possuíam as qualidades de muitos personagens dos romances policiais. Os detetives famosos da vida real serviram de inspiração inúmeras vezes, conheça agora os maiores detetives da vida real.

Detetives famosos da vida real

Vamos falar sobre os detetives famosos da vida real, conhecer um pouco de sua vida e seus passos na carreira.

1. Jerome Caminada

Jerome Caminada foi um policial inglês no século XIX e ficou conhecido como o “Sherlock Holmes de Manchester”. Ele nasceu em 1844 e era filho de uma irlandesa e um Italiano. O lugar onde Jerome nasceu, Deansgate, era cheio de bordéis, casas de baixa renda e era considerado o centro onde os crimes da era vitoriana ocorriam.

Logo, percebemos que ele nasceu em meio ao crime, o que mais tarde se tornou uma vantagem na luta por desvendar os casos. Seu primeiro emprego foi como engenheiro, mas pouco tempo depois, com 24 anos, ele se interessou e ingressou na força policial de Manchester City.

Não demorou muito, e ele foi promovido a Sargento e foi então transferido para uma divisão de detetives onde ao longo de sua carreira ganhou respeito e destaque.

Jerome Caminada exercia seus trabalhos como detetive, o seu estilo podia ser considerado um tanto excêntrico, visto que Jerome costumava atuar com disfarces e reunir-se com suspeitos, a fim de encontrar as provas de que precisava. Além disso, ele ainda possuía uma rede de informantes.

Jerome costumava se encontrar com seus informantes em um local chamado “Jóia escondida” que se localizava atrás da Igreja de Santa Maria em Manchester.

Não demorou muito para que Jerome fosse nomeado Superintendente detetive, devido ao sucesso de suas técnicas, Jerome foi um dos detetives famosos da vida real.

Quando se aposentou, se tornou detetive particular, conselheiro municipal e agente mobiliário. Faleceu aos 70 anos em decorrência de ferimentos de um acidente sofrido no ano anterior.

2. Kate Warne

Nessa lista de detetives famosos da vida real, há espaço para mulheres também. Afinal, mulheres são detalhistas por natureza. E falando nisso, Kate Warne, segundo algumas notícias, foi a primeira mulher detetive da história. Ela havia sido contratada pelos Pinkerton em 1856.

Kate nasceu em Erin, Chemung Country, Nova York e segundo conta a história, ela ficou viúva aos 23 anos. Seu trabalho como detetive se deu início quando um jornal local anunciou uma agência de detetives.

Kate logo se interessou e para a surpresa de Pinkerton, durante a entrevista, ela não estava interessada em um trabalho de escritório, mas sim, em ser detetive.

Então, como consta em um dos escritos de Pinkerton: “Não é costume empregar detetives mulheres. Kate argumentou seu ponto de vista apontando que as mulheres podem ser mais úteis para descobrir segredos em muitos lugares que seriam impossíveis para um detetive homem”.

No ano de 1858, Kate ajudou a obter provas muito valiosas para a condenação de um suspeito que roubou US $50.000 da Adams Express Company. Mais da metade do dinheiro foi devolvido. Dois anos após esse episódio, Pinkerton decidiu que Kate ficaria no comando de detetives femininos.

Uma curiosidade sobre o falecimento de Kate é que ela não queria ser perturbada depois que morresse. Por este motivo seu sobrenome foi alterado na lápide. Passou a ser “Warn”.

3. Charlie Siringo, o detetive cowboy

Conhecido como o Detetive Cowboy, nasceu no Condado de Matagorda no Texas em 7 de fevereiro de 1855. De nacionalidade americana, era conhecido por ser um homem da lei.

Além de Policial, Charlie era caçador de recompensas e detetive da Agência Nacional de Detetives Pinkerton. Mas antes de se juntar à Agência, trabalhava como vaqueiro perseguindo o gado roubado do rancho LX em 1877.

Passados alguns anos, Charlie se casou, deixou o emprego no rancho LX e abriu uma tabacaria. Depois de um tempo, no ano de 1886, ele testemunhou o caso Chicago Haymarket, conhecido como “O massacre de Haymarket” e por esse motivo integrou a Agência Nacional de Detetives Pinkerton usando o nome do atirador Pat Garrett para referência.

Após o falecimento de sua esposa, seu trabalho como detetive se intensificou. Charlie trabalhava disfarçado e se infiltrava em gangues de ladrões para obter respostas. Graças a essa técnica de investigação ele realizou mais de 100 prisões.

Siringo publicou livros de sua autoria e um deles teve a publicação interrompida pelos Pinkerton, sob a acusação de distorção dos casos que haviam sido relatados no livro.

Charlie faleceu em 18 de outubro de 1928 aos 73 anos. A causa da morte não foi divulgada.

4. Jules B Kroll

Diferente de outros nomes desta lista de detetives famosos da vida real, Jules B. Kroll tem atualmente 81 anos e é um empresário do ramo das investigações corporativas.

Jules vem de uma família Judia e nasceu em 18 de maio de 1941 em Bayside no Queens. É casado com Lynn Kordan e tem quatro filhos: Nick Kroll, Jeremy Kroll, Dana Kroll e Vanessa Kroll Bennett.

Jules, foi promotor público de Manhattan. Mas antes disso, chegou a trabalhar na campanha presidencial de J. Kennedy. Ainda administrou os negócios da família quando seu pai adoeceu, o que fez com que ele ficasse cara a cara com a corrupção nos negócios, o que se tornou experiência para constar em seu currículo.

Um tempo depois essa experiência que teve com os negócios de seu pai acabou transformando a empresa “Kroll Associates” em Kroll, Inc. cujo objetivo era acabar com a corrupção das empresas que imprimiam demais.

A empresa acabou expandindo, principalmente no exterior, prestando diversos serviços como os de risco político e proteção executiva, além de rastrear crimes financeiros e recuperar ativos.

A maior parte de seus clientes eram os escritórios de advocacia e bancos de investimentos. A empresa ganhou mais visibilidade nos anos 80 sendo chamada de “olho privado de Wall Street”.

Um dos casos mais emblemáticos diz respeito ao Brasil, quando a Kroll foi contratada para encontrar fatos que comprovassem as alegações de 42 mil famílias que tiveram seus investimentos feitos na Encol desviados no esquema PC Farias.

5. Izzy Einstein e Moe Smith

Foram dois policiais federais dos Estados Unidos que trabalhavam na unidade de proibição. As histórias contam que eles conseguiram efetuar inúmeras prisões na época da proibição do álcool que durou entre 1920 e 1925.

A dupla de detetives famosos da vida real era conhecida e fazia sucesso por seus disfarces durante os trabalhos. Ao todo, eles efetuaram 4.932 prisões, suas taxas de condenação eram de 95% e na época da proibição do álcool, confiscaram 5 milhões de galões de licor que ao todo somavam US$15 milhões.

No departamento onde trabalhavam, eram os mais conhecidos e bem sucedidos mas infelizmente foram demitidos no final do ano de 1925, visto que ocorreu uma reorganização no departamento e os seus superiores foram menos reconhecidos que a dupla pela revista “Time”.

Pouco tempo depois, Einstein e Smith começaram a trabalhar com vendedores de seguros e se saíram muito bem, embora estivessem no período da grande depressão de 1929.

Einstein escreveu uma autobiografia relatando suas experiências como policial e ele tinha quase um milhão de leitores.

Einstein e Smith após o falecimento foram homenageados pela revista Time como “A equipe mais engraçada e eficaz” de agentes federais.

6. Allan Pinkerton

Allan nasceu em 25 de agosto de 1819 e foi um detetive, espião escocês e fundador da Agência Nacional de Detetives Pinkerton.

Allan desde criança era autodidata e tinha muita sede de leitura. Sua paixão e interesse pela profissão de detetive surgiu quando se mudou para Illinois e enquanto andava pelos bosques de Dundee avistou um grupo de falsificadores.

Ele ficou ali por um tempo, observando os movimentos até que decidiu ir até o xerife local e relatar o que viu e logo em seguida foram presos. Este fato, mais tarde, fez com que Pinkerton fosse nomeado como primeiro detetive da polícia de Chicago.

Um tempo depois, Allan fez associação com um advogado chamado Edward Rucker, dando origem a Pinkerton & Co e depois passou a ser Agência Nacional de Detetives Pinkerton. A agência, durante o ano de 1850, resolveu muitos casos de roubo de trem.

Pinkerton se casou em segredo com Joan Carfrae em 13 de março de 1842. Ficaram juntos até a sua morte em 1 de julho de 1884.

Mesmo após a morte de Allan Pinkerton, a sua empresa continuou a desenvolver os trabalhos e se tornou uma força contra o chamado “movimento trabalhista” que na época dominava os Estados Unidos e o Canadá.

Essa situação acabou alterando a imagem da Agência, pois Pinkerton, quando jovem, era pró-trabalho, embora, muitas vezes, fosse contra as greves, além de ter grandes desconfianças quanto aos sindicatos.

Allan era um dos detetives famosos da vida real. Dizem que a fama de Pinkerton era tão grande, que mesmo após seu falecimento, o nome era usado como uma gíria entre detetives particulares.

O escritor Zenith Jones Brown escreveu uma série de romances intitulada “Mr. Pinkerton” que contava a história de um detetive amador gaulês inspirado na gíria.

7. William J. Burns

Foi um investigador particular nascido em 19 de outubro de 1861, era um oficial da lei e ficou conhecido como Sherlock Holmes da lei por ter conduzido investigações particulares nas situações mais notáveis possíveis. Um deles foi a investigação de “o atentado mortal de Los Angeles”.

No ano de 1921, William atuou como diretor do antecessor do FBI, Bureau of Investigation (BOI). Quando mais jovem, Burns mostrava muito desempenho como agente de serviço secreto, chegando a negociar sua reputação. Razão pela qual suas habilidades ficaram conhecidas entre as pessoas.

Não demorou muito para que a imprensa começasse a descrever suas façanhas com base nas histórias de crimes “verdadeiras” que ele contava. Diziam que ele possuía uma habilidade natural somadas com instinto de publicidade.

Burns acabou se envolvendo em um arrendamento secreto de terras de reserva de petróleo. O julgamento do caso foi anulado.

Assim que Burns se aposentou, mudou-se para Flórida e seguiu por vários anos, publicando suas histórias de detetive que tinham como foco a sua carreira.

Burns um dos detetives famosos da vida real, faleceu em decorrência de um ataque cardíaco em abril de 1932.

8. Chang Apana

Chang Apana foi um policial e detetive sino – havaiano e trabalhava para o Departamento de Polícia de Honolulu. Ele nasceu em 26 de dezembro de 1871 e foi um dos detetives famosos da vida real.

Seu ingresso na carreira policial se deu em 1898 e logo foi enviado para realizar serviços de patrulha em Chinatown. Seu início de carreira exercendo a profissão de Detetive começou por investigar contrabando de ópio e os jogos de azar ilegais.

Uma das vantagens de Chang para exercer o seu trabalho, era a sua fluência em vários idiomas, o que contribuía e facilitava o trabalho com informantes conseguindo alcançar mais provas. Chang era conhecido por seu estilo meticuloso e astuto.

Sua carreira como policial serviu de inspiração para várias obras ficcionais. Seu trabalho ainda rendeu muitas histórias que eram contadas entre as pessoas.

Uma delas dizia que Charlie, reuniu muitas pessoas infectadas com lepra e enviou-as para a ilha de Molokai numa colônia de leprosos.

Outras histórias com leprosos, diziam que Charlie foi atacado por um, certa vez, e essa situação lhe rendeu uma cicatriz no olho. Ainda, houve uma noite em que ele conseguiu prender 40 jogadores de jogos ilegais, usando apenas um chicote.

Não é atoa que ele serviu de inspiração para o romance “House without a key” do autor Earl Derr Biggers. Outro romance escrito em 1996 do autor Max Allan Collins também se inspirou nas histórias de Charlie. Seu livro se chama “Damned in Paradise”.

O fim da vida de Charlie foi um pouco trágico. Após cumprir 34 anos de serviço na polícia como detetive, ele se aposentou e algum tempo depois sofreu um acidente de carro e acabou trabalhando como vigia de prédio.

Um ano depois desse fato ele adoeceu gravemente e em 7 dezembro de 1933 teve a perna amputada por causa de uma gangrena, vindo a falecer 1 dia depois.

9. Calvin Goddard

Calvin Goddard talvez seja o nome mais diferente da lista dos detetives famosos da vida real. Não pela função, mas pelo sentido em que seu trabalho de investigação se direcionava. Ele pode ser considerado o pai da balística forense.

Nascido em 30 de outubro de 1891, ele foi oficial do exército (Coronel), pesquisador, cientista forense e acadêmico. Ele foi o responsável por analisar os cartuchos de balas que foram disparadas em 1929 no fatídico episódio “massacre dos namorados”.

Diante do ocorrido, ele conseguiu comprovar que as armas usadas naquele dia não eram emitidas pela polícia. Esse fato então, convenceu os investigadores do caso que o ataque havia sido orquestrado por um grupo de criminosos. Uma máfia.

Quanto aos seus trabalhos em balística forense, Goddard escreveu um artigo em que explicava sobre o uso de microscópio de comparação como auxílio nas investigações sobre armas de fogo.

Em 1925, Goddard criou o “Bureau of forensic Ballistic” na cidade de Nova York. O Bureau fornecia armas de fogo e serviços de identificação por todo os Estados Unidos.

Foi o primeiro laboratório voltado a investigar análises de sangue, impressões digitais, vestígios, armas de fogo e balística nos EUA. Sendo o primeiro laboratório independente da América.

Seu trabalho envolveu inúmeras pesquisas e artigos, de forma extensiva, sobre balística forense e sobre a identificação das armas de fogo. Ganhou destaque internacional e se tornou o pioneiro no assunto.

Quando Goddard começou a escrever artigos sobre seu laboratório em uma revista, vários agentes especiais do FBI foram encorajados a assinar o jornal policial do laboratório.

O diretor do FBI, Edgar Hoover, forneceu um artigo sobre impressões digitais para a revista e, assim, Bureau contribuiu com mais três artigos sobre “proteção organizada contra o crime organizado”.

Goddard faleceu em 22 de fevereiro de 1955.

10. John P. St. John

Por último nesta lista de detetives famosos da vida real. St. John era popularmente conhecido como “Jigsaw John”, nasceu em 18 de fevereiro de 1918 e foi um policial americano que trabalhou no departamento de homicídios de Los Angeles, atuando como detetive.

Seu trabalho como detetive durou 43 anos e teve início no ano de 1949 quando foi designado para o departamento de homicídios e roubos. Ele ficou bastante conhecido por trabalhar em casos de grande repercussão.

Um destes casos famosos foi o “Dália Negra”. E como as investigações levaram anos até serem concluídas, John trabalhou neste caso ao longo de toda a sua carreira, de forma intermitente.

A origem de seu apelido se deu a um caso de assassinato em que trabalhou. A vítima de homicídio havia sido cortada em forma de quebra-cabeça. Daí a origem do “Jigsaw”, pois ele tinha grande facilidade em juntar as pistas dos casos mais difíceis.

Devido a sua grande dedicação e capacidade de enxergar os detalhes, John logo se tornou referência nos casos de “Serial Killer”. Dos mais famosos da época ele trabalhou em 12, dentre eles: Harvey Glatman, Richard Ramirez, Night Stalker e Southside Slayer.

John teve grande prestígio ao longo de sua carreira. Se aposentou do LADP em 1993 e tinha a intenção de se tornar consultor técnico da indústria do cinema.

Mas não foi possível, pois ele adoeceu e teve muitas complicações vindas de uma pneumonia e um câncer no pâncreas.

Segundo relatos, o funeral de John foi um “verdadeiro quem é quem” do LAPD.

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